Existem bens que são mais valorizados do que outros, como é o caso da pintura da Mona Lisa feita por Leonardo da Vinci. Embora hoje existam artistas capazes de criar artes visuais tão impressionantes quanto as de Leonardo, a tela de Mona Lisa segue sendo uma das mais valorizadas do mundo. Para se ter ideia, estima-se que a obra possua um valor de mercado de US $2,5 bilhões.
Já pensou se os itens digitais também fossem valorizados a esse ponto? Com os NFTs, isso se tornou possível.
Mas antes disso, o que é NFT?
NFT é a sigla para Non-Fungible Token, que em português significa token não-fungível. Trata-se de um autenticador criado a partir da tecnologia blockchain com o objetivo de conferir identidade digital a um item, como imagens, músicas, postagens em rede social, vídeos, desenhos e até terrenos no metaverso.
Portanto, a pessoa que cria um NFT consegue garantir autenticidade ao item, tornando-o exclusivo, e quem adquire terá um bem que nenhum outro indivíduo possui.
A chave para compreender melhor o que são os NFTs está na ideia de que os bens têm a sua originalidade atestada e não podem ser simplesmente trocados. E, por conta disso, o seu valor se torna bem superior a outros itens.
Por que a tecnologia NFT se tornou tão popular?
A popularização das NFTs se deu em razão de acontecimentos envolvendo celebridades que chamaram a atenção da mídia.
Em janeiro de 2022, o jogador de futebol Neymar adquiriu dois desenhos de chimpanzés da coleção Bored Ape Yatch Club pelo valor de R$ 6 milhões, segundo a Exame. E ambos os desenhos foram comercializados como NFTs.
Quem também fez uma compra de um NFT da mesma coleção foi o cantor pop internacional Justin Bieber, conforme a UOL Notícias. O artista pagou aproximadamente US$ 1,29 milhão por apenas um item, o que equivale a R$ 6,9 milhões. Seu acervo de NFTs já conta com mais de 600 itens de 49 coleções diferentes.
Já a Nike, empresa mundialmente conhecida por vender calçados, roupas e acessórios esportivos, investiu na compra de uma startup de NFTs em dezembro de 2021 com o objetivo de lucrar com a venda de tênis e outros tipos de calçados digitais.
Quem pode criar e comercializar um NFT?
O mercado de NFTs é considerado altamente rentável. Segundo um levantamento feito pela agência de notícias Reuters, só em 2021, esse setor movimentou mais de US $20 bilhões.
Muitos podem pensar que a tecnologia é direcionada apenas a um público específico, mas esse pensamento está equivocado. Ou seja, qualquer pessoa ou empresa pode criar um token não-fungível e colocar esse produto à venda.
Sabe aquela foto impressionante que você tirou de algum lugar para onde viajou ou até mesmo aquele meme que sua empresa lançou em uma rede social? É possível criar um NFT para assegurar a sua originalidade e exclusividade, e assim possibilitar sua comercialização.
No entanto, é preciso lembrar que para criar um NFT é necessário investir, em média, US $70. Por isso, ao tomar essa decisão, tenha em mente um plano estratégico para recuperar o capital aplicado.
Passo a passo para criar um NFT
Conforme matéria publicada no Estadão, qualquer pessoa pode criar um token não-fungível seguindo os passos abaixo:
- Passo 1) É preciso criar uma carteira digital para armazenar o ativo. Existem diversas empresas que oferecem esse serviço, sendo um exemplo a Metamask;
- Passo 2) Em seguida, é necessário depositar uma quantia de criptomoeda na plataforma escolhida, como a Ethereum. A quantia a ser aplicada varia conforme as características do item;
- Passo 3) Por fim, a pessoa deve selecionar a plataforma de marketplace para comercializar o NFT, fazer seu upload e determinar o seu preço.
O que a empresa pode ganhar ao comercializar um NFT?
Uma empresa pode adquirir uma série de vantagens ao comercializar um token não-fungível. Abaixo. veja quais são:
1. Aumentar os lucros
Um NFT pode ajudar a empresa a aumentar seus lucros e expandir os negócios. O token não-fungível mais valioso do mundo (Everydays: The First 5000 Days), por exemplo, foi vendido por US$ 69,3 milhões
2. Elevar o número de clientes
Quando se trata de um token não-fungível, uma coisa é certa: é possível explorar novos mercados, alcançar mais pessoas e, consequentemente, elevar o número de clientes.
3. Ampliar o portfólio de produtos do negócio
Ao criar e comercializar um NFT, a empresa amplia o seu portfólio de produtos. Como resultado disso, garante mais opções de itens e diversidade aos seus clientes. A Nike é um exemplo. Além de continuar no mercado de calçados físicos, agora passará a operar com NFTs de calçados virtuais.
4. Construir uma boa reputação no mercado
Ao investir em um token não-fungível, a instituição pode construir uma boa reputação no mercado.
Um NFT ainda é um produto relativamente novo, mas que ganhou fama rápido e em pouco tempo. Por isso, a organização pode usar essa popularidade para acompanhar as tendências e construir uma boa reputação nesse mercado.
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