Novas tecnologias e inclusão financeira

Nos últimos anos, o Brasil tem experimentado duros golpes nas dinâmicas de compra da população. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cerca de 90% das profissões brasileiras registraram uma queda no poder de compra entre março de 2021 e o mesmo mês deste ano. Durante esse tempo, a inflação superou a casa dos 11,7%.

Houve aumento do investimento em crédito para o consumidor e incentivos em tecnologia para criar novas soluções de pagamento.

Esse dado colabora na tradução de uma realidade que é sentida cotidianamente pela população: a cada dia, a renda fica mais curta. Diante dessas dificuldades, as empresas e as instituições bancárias têm experimentado algumas saídas para ajudar no poder de compra da população e, consequentemente, aquecer a economia.

Nos últimos anos, percebeu-se um aumento do investimento em alternativas de crédito para o consumidor e fortes incentivos em tecnologia, buscando criar novas soluções de pagamento que deem mais condições de compra para a população.

Acesso ao crédito massivo

Uma das principais alternativas para reaquecer a economia foi a liberação de crédito pelos bancos, principalmente no primeiro ano de pandemia. Entre março e dezembro de 2020, segundo a Febraban, foi concedido um total de R$3,5 trilhões em recursos. Já observando o registro até o mês de setembro de 2021, o volume de concessões atingiu a marca de R$7 trilhões.

Esses números dão dimensão do esforço feito com objetivo de manter o poder de compra da população numa época de grandes dificuldades financeiras e, consequentemente, altas taxas de endividamento.

Para os empreendedores, ações como essas podem significar um aumento no faturamento mensal e menos risco a cada venda finalizada, já que a certeza do pagamento pelo produto ou serviço aumenta.

Tecnologia e digitalização

Falando em inovação e novos processos, a mais significativa mudança no sistema financeiro tem sido a digitalização. Ao longo das últimas décadas, as instituições estão na vanguarda mundial da inclusão tecnológica com a inclusão de novos produtos que facilitam a experiência do usuário.

O último e, possivelmente, mais conhecido desses produtos foi o Pix que, desde seu lançamento, contou com o apoio irrestrito dos bancos e conseguiu popularizar ainda mais a bancarização da população nacional.

Segundo o Banco Central, em pouco mais de um ano de existência, a solução já conta com mais de sete bilhões de transações e R$4 trilhões de volume financeiro. Até hoje, mais de 104 milhões de pessoas fizeram ou receberam pelo menos um Pix.

Essa facilidade no pagamento das transações aumentou as possibilidades de compra para o consumidor final e, consequentemente, o faturamento das lojas.

Novos meios de pagamento mais democráticos

Por fim, falando de soluções disponibilizadas para os negócios, temos o crescimento na oferta de meios de pagamento mais democráticos para os clientes finais. Aqueles que conseguem melhorar as condições de compra, fazendo com que o consumidor tenha mais possibilidades de encaixar o gasto no seu orçamento.

Um desses exemplos são as soluções de dompre agora, pague depois (em inglês, Buy Now Pay Later), que permitem ao usuário executar sua compra sem a necessidade de usar seu limite do cartão de crédito ou possuir conta bancária.

Essa solução confere ao lojista uma saída interessante para aumentar seu volume de vendas e ticket médio, pois agora consegue atender a uma fatia de mercado que não teria condições de comprar seu produto somente usando os meios de pagamento tradicionais.

De acordo com relatório “Informe de Tendências de Meios de Pagamento”, da Minsait Payments, o BNPL foi uma opção de pagamento bastante utilizada pelos compradores em 2021. Na América Latina, as transações utilizando esse método alcançaram o valor de US$ 69 bilhões (R$ 325 bilhões). No mundo, somaram quase R$500 bilhões.

Seja aproveitando os incentivos do mercado ou de olho nas soluções mais inovadoras, a principal tarefa dos diretores de grandes marcas é entender as principais tendências de consumo mais imediatas e quais serão suas evoluções. Assim, é possível antecipar tendências e oferecer primeiro opções até então desconhecidas pelos concorrentes e impulsionar seus resultados.

Leia também: Web 3.0 e o futuro dos pagamentos digitais

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Eduardo Herenyi

Eduardo Herenyi é um pioneiro em tecnologia e marketing digital, com uma carreira que começou em 1997 e incluiu passagens por empresas como Catho Online, Groupon e A2C. Sua experiência em atender a diversas necessidades de clientes em agências de marketing digital o levou a criar a DBMK, uma agência digital focada em ecommerce. Na DBMK, Eduardo utiliza seu conhecimento para capacitar lojistas a iniciarem suas operações online, oferecendo consultoria, desenvolvimento e customizações em plataformas. Com uma visão futurista e uma abordagem personalizada, Eduardo é um líder na revolução do ecommerce.

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