GA4: como se preparar para o futuro do Web Analytics

Caso você já tenha um site na web ou um app mobile hoje, o Google Analytics já deve estar fazendo parte do seu dia a dia na tarefa de entender o comportamento de navegação dos seus clientes nessas plataformas. Relatórios como o de acessos às páginas, o de desempenho de campanhas de e-mail, resultados de compras e perfil demográfico são essenciais a qualquer gestor de marketing.

O GA4 traz mudanças significativas e que acompanham as novas tendências do mercado de análise de dados.

Com relatórios que variam de alta à baixa complexidade, o Google Analytics é sem dúvidas a ferramenta que mais nos auxilia no entendimento do comportamento dos usuários. Acontece que, depois de anos sendo a ferramenta mais querida do mercado de Web Analytics, a solução do Google conhecida como Universal Analytics (UA) já tem seus dias contados para sua aposentadoria.

Em março deste ano, o Google anunciou que todas as propriedades do Universal Analytics vão parar de receber novos dados no dia 1º de julho de 2023, e que só será possível acessar os dados dessas propriedades durante alguns meses após essa data. Como alternativa, o Google anunciou a nova versão de sua plataforma de análise de comportamento dos usuários, o GA4.

Agora é o momento ideal para se preparar para o futuro do Google Analytics.

Histórico do GA4: como chegamos até aqui?

Anunciado oficialmente em outubro de 2020, o GA4 é a evolução da ferramenta líder no mercado de Web Analytics. Essa nova versão é a evolução da solução “app + web” do Google Analytics que foi lançada, ainda em fase beta, em 2019.

No entanto, muito da metodologia de coleta e do armazenamento de dados do GA4 já vinham sendo usados como padrão na seção de análise de dados da ferramenta de gerenciamento de aplicativos móveis do Google, o Firebase Analytics. De fato, com essa atualização do Google Analytics, a ideia é que as duas frentes de análise se unifiquem de vez.

No momento, o cenário é de total transição do mercado para a nova solução do Google Analytics. Mudanças são anunciadas a toda hora para a ferramenta: novas métricas, novos relatórios, novas formas de olhar e armazenar os dados. Recentemente tivemos, inclusive, a nova versão da certificação de Google Analytics totalmente baseada no GA4. A mudança está afetando cada aspecto do marketing digital das empresas.

O que muda no GA4?

Como já dito anteriormente, a atualização se propõe a padronizar a coleta de dados de sites e aplicativos mobile, o que possibilita uma análise mais coerente da jornada do usuário entre essas duas maneiras de interação com as empresas. Essa mudança também é uma resposta ao crescimento da popularidade dos apps nos últimos anos.

Tomando por base as configurações que já existiam no Firebase Analytics, o GA4 agora é totalmente baseado em eventos. Isso difere do Universal Analytics, que tinha uma coleta de dados baseada em hits com tipos distintos.

Enquanto na versão antiga da ferramenta hits de transações, eventos de interação e visualizações de página tinham parâmetros pré-definidos, sem possibilidade de adição de parâmetros personalizados de maneira fácil, no GA4, os eventos contemplam todos esses tipos de informações e muitas outras, além de contar com parâmetros totalmente personalizáveis de maneira simplificada. Apesar dessa mudança estrutural na coleta e na organização de dados, a maior parte dos relatórios do Universal Analytics se mantém na nova versão do Google Analytics, mesmo que agora com uma lógica de análise diferente.

Na prática, isso significa que as equipes de Web Analytics terão de rever muitas das tags de eventos configuradas anteriormente. Assim, há uma série de possibilidades novas que surgem com essas alterações.

Outro ponto forte do GA4 está na maior escalabilidade dos dados da ferramenta. Com um número limitado de campos que um evento pode ter no Universal Analytics, muitas configurações eram feitas utilizando-se de alguns contornos (gambiarras) para acomodar o modelo de negócio das empresas e a necessidade de dados de cada uma delas.

Assim, no modelo de parâmetros personalizados, as adaptações se tornam muito mais viáveis e organizadas, apesar de demandarem um maior planejamento, maior atenção à documentação das tags instaladas e, definitivamente, um maior domínio técnico da ferramenta e de suas particularidades.

Segurança de dados

Outra melhoria importante que o GA4 traz é em relação à privacidade dos usuários. Com um cenário em que a captura dos dados de navegação dos usuários vem, cada vez mais, sendo controlada através de cookies, a nova versão do Google Analytics apresenta formas de contornar essa falta de dados.

Uma nova tecnologia foi desenvolvida pelo Google para completar os relatórios de navegação dos usuários, tomando por base as informações dos usuários doa quais de fato possuímos os dados. Através de recursos que utilizam machine learning, o GA4 consegue inferir quais seriam as ações mais prováveis desses usuários que não autorizam a sua coleta de dados. Assim, os relatórios ficam, em tese, com resultados mais próximos da realidade e prepara o Google Analytics para um mercado cada vez mais atento à segurança da informação.

O que eu posso fazer para me preparar para a nova versão do Google Analytics?

Mesmo com os constantes avisos e prazos anunciados pelo Google, a verdade é que a implementação dessa nova versão do Google Analytics está sendo gradual, mas é muito recomendado que as empresas já comecem a se adaptar.

O primeiro passo para fazer essa mudança de ferramenta é ter um planejamento das alterações necessárias nessa migração. Para isso, é recomendado o domínio dessas mudanças e o que elas representam.

Portanto, apesar da comoção e da ansiedade que tomaram conta do mercado de Web Analytics na época, a nova versão da ferramenta, conhecida simplesmente como GA4, traz mudanças significativas e que acompanham as novas tendências do mercado de análise de dados.

Leia também: Google Analytics 4: recomendações para uma boa transição

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Eduardo Herenyi

Eduardo Herenyi é um pioneiro em tecnologia e marketing digital, com uma carreira que começou em 1997 e incluiu passagens por empresas como Catho Online, Groupon e A2C. Sua experiência em atender a diversas necessidades de clientes em agências de marketing digital o levou a criar a DBMK, uma agência digital focada em ecommerce. Na DBMK, Eduardo utiliza seu conhecimento para capacitar lojistas a iniciarem suas operações online, oferecendo consultoria, desenvolvimento e customizações em plataformas. Com uma visão futurista e uma abordagem personalizada, Eduardo é um líder na revolução do ecommerce.

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